Caro leitor, chegou a hora de escrevermos nosso primeiro artigo…
Ou de aperfeiçoarmos a escrita.
Nas próximas linhas você terá um verdadeiro guia de escrita para atrair, influenciar e levar pessoas à ação.
Vamos nos basear no conceito de webwriting…
Falando de uma maneira bastante simples, o webwriting é a técnica de escrita para a web.
Quando respondo o que é webwriting, também gosto de levar em conta:
A produção de conteúdo escrito pensado de forma estratégica.
É do webwriting a responsabilidade de transformar as pontuações de uma estratégia em conteúdo real que os usuários possam consumir e apreciar.
É a partir do webwriting que os resultados tangíveis em uma estratégia de conteúdo podem ser alcançados.
Entendido isso, vamos seguir em frente com o aprendizado atentando a uma regra essencial…
Escreva pensando na pessoa que vai ler
Sempre!
Quando for escrever seu artigo, foque na pessoa que você quer atrair, conquistar e influenciar.
Conheça bem o seu público-alvo e a sua persona (cliente ideal).
Se você souber o que ele sofre e o que deseja, você estará a passos de conquistar o objetivo com sua escrita.
Não escrevemos para massagear nosso próprio ego.
Não é escrever romances ou contos.
Estamos falando de escrita estratégica e para isso, manter os olhos no público é regra fundamental.
Dito isso, vou compartilhar 4 dicas que tornam estes artigos mais lidos pelos leitores.
4 dicas básicas para escrever um artigo
1) Escreva com parágrafos curtos
A leitura na web é diferente de leitura de impressos.
Estudos comprovam que 79% dos leitores escaneiam páginas na internet.
As pessoas geralmente leem de uma forma mais dinâmica e querem, muitas vezes, consumir informação de forma rápida.
Eu gosto de compor os parágrafos dos meus artigos entre 2 a 5 linhas, no máximo.
Dessa forma, acredito ter mais chances de tornar a leitura mais fácil e prazerosa.
Veja o exemplo abaixo:
2) Insira intertítulos ao longo do texto
Uma das práticas que mais colaboram para que seu texto tenha uma boa escaneabilidade é usar intertítulos para dividir o conteúdo.
Fazendo isso, você diz ao Google a hierarquia das informações dispostas…
…e ajuda seu leitor a encontrar informação mais facilmente.
Por isso é bom sempre separar seu artigo em tópicos e incluir intertítulos ao longo do conteúdo.
Se você der uma visitada pela maioria dos blogs da internet, vai perceber que o uso do intertítulo é uma regra muito aplicada.
3) Use bullet points
Na tipografia, um bullet point, ou marcador ( • ) é um símbolo tipográfico usado para introduzir itens em uma lista. Por exemplo:
- Item 1
- Item 2
- Item 3
Usar isso em momentos oportunos do artigo pode fazer toda diferença.
Dependendo do objetivo da lista, ela pode ser numerada também:
- Item
- Item
- Item
No artigo abaixo, já na primeira página, decidi incluir pontos e em seguida uma lista numérica.
Este é o artigo mais completo do meu blog, com mais de 5.000 palavras no total.
4) Use negritos para destacar alguns trechos
Todo mundo sabe o que é negrito, não é?
O negrito indica o uso de um traço mais grosso que o comum, utilizado para dar maior realce às palavras.
Livros didáticos usam negrito para destacar os principais conceitos de cada tema que deve ser lembrado pelos alunos.
Também utilizamos isso em textos para a web por motivos parecidos.
Inclusive, estou fazendo isso aqui neste texto.
Veja depois este exemplo:
Nele eu destaquei trechos do artigo de forma estratégica!
Aposte no modelo de redação do Ensino Fundamental
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão
Introdução
É o início do texto, contendo o tema a ser desenvolvido, exposto com muita clareza.
Envolve o problema a ser analisado.
Geralmente pode ser exposto em apenas um, dois ou três parágrafos.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar ou ficar cansativa para o leitor.
Deve-se evitar em uma introdução:
- Iniciar uma ideia geral que não transpassa por todo o texto (o uso de ideias totalmente diferentes);
- Usar chavões, clichês;
- Iniciar a introdução com as mesmas palavras do título;
- Desviar do assunto principal;
- Escrever em períodos muito longos;
Pode-se ou deve-se incluir na introdução:
- Reforço da promessa apresentada no título;
- Apontamento de alguma dor que o leitor possivelmente está vivendo;
- Apontamento de um prazer/benefício que o leitor busca;
- Uso de algum dado ou estudo que endossa essa dor;
- Chamada para continuar no artigo.
Exemplo: Continue a leitura e descubra como curar a dor de cabeça com um método simples e natural!
Desenvolvimento
É o corpo do texto, onde se organiza o pensamento.
Compõem os argumentos que no caso é o posicionamento adotado.
Os argumentos podem se classificar em:
Argumento de autoridade, argumento por ilustração, argumento do pensamento lógico, argumentação de prova concreta e argumentação de competência linguística.
Deve-se evitar em um desenvolvimento:
- Repetições;
- Escrever pormenorizando;
- Dar exemplos extremamente excessivos;
- Usar de exemplos fracos e fora do contexto;
- Encher linguiça.
Deve-se incluir no desenvolvimento:
- Informações precisas e específicas;
- Dados, fatos e estudos que reforcem a mensagem;
- Apontamento do caminho para a resolução do problema (dicas práticas, conselhos, ferramentas).
Conclusão
É a síntese do problema tratado no decorrer do texto, fechamento do artigo.
Na conclusão, as ideias tratadas no texto propõem uma solução.
O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
No caso de um texto para a web, deve-se preparar o leitor para o CTA (chamada para ação).
Deve-se evitar em uma conclusão:
- O principal defeito: não conseguir finalizar;
- Evitar as expressões “em resumo”, “concluindo”, “terminando”.
Deve-se incluir numa conclusão:
- Indicação clara do que você deseja que a pessoa faça após terminar a leitura;
- Chamada para ação;
Confira, por exemplo, a conclusão que fizemos neste artigo:
5 dicas retirada do livro A Arte de Escrever Para a Web
Quando produzimos um post para a web, tudo o que desejamos é que este conteúdo gere resultados.
Em outras palavras, queremos que o texto desperte o interesse, a atenção e faça o leitor tomar uma ação no fim do post.
Mas a realidade é bem diferente da expectativa…
Muitos conteúdos não saem do anonimato, e tudo o que você consegue são míseros cliques e uma imensa taxa de rejeição.
Com isso, você perde tempo e dinheiro.
Como evitar isso?
Vou apresentar a você agora 5 dicas retiradas do meu livro para o seu conteúdo funcionar e gerar mais resultados.
1 – Capture o leitor na primeira oportunidade
A primeira tática é conectar o leitor logo no título.
Depois, quando o leitor clicar no link e estiver lendo seu texto, ele precisa continuar a ser “agarrado” por sua mensagem desde o primeiro parágrafo.
(USE ISSO NA INTRODUÇÃO)
Costumo usar frases de impacto, uma espécie de sub headline logo na primeira frase do artigo.
Pode ser uma pergunta, um fato, ou até mesmo uma história.
A ideia é incentivar a continuação da leitura.
Lembre-se que na web tudo é muito veloz.
Se o interesse do leitor não for despertado nos primeiros segundos, ele não hesitará em abandonar o site.
Sendo mais explícito, é preciso ir direto ao ponto. Isso funciona muito bem.
2 – Comece falando do problema
(USE ISSO TAMBÉM NA INTRODUÇÃO)
Começar explorando o problema também é uma ótima forma de engajar.
Faça algo do tipo:
“Você tem esse problema tal, e este conteúdo vai te mostrar a solução.”
Quando a pessoa tem uma dor, costuma não medir esforços em prestar a atenção a possíveis fontes de ajuda.
Pense nisso na hora de escrever seu texto para a web.
Dê conselhos úteis para seu leitor, entregue algo que possa fazê-lo sanar, ou ao menos amenizar, a problemática.
Quando você entrega conhecimento prático, de graça, tende a conquistar 75% a mais de leitores.
Aliás, esse é um trunfo explorado por quase todos os especialistas em marketing atualmente, o que acaba caracterizando a maior parte dos conteúdos publicados nos sites e blogs corporativos do Brasil e do mundo.
3 – Não tenha preconceito de vender
Um artigo de blog também pode vender diretamente?
Sim, e você pode explorar isso muito bem.
Bem, esta é uma afirmação controversa do ponto de vista de alguns especialistas em marketing de conteúdo.
Parece que eles não são adeptos ao tipo de venda que ocorre de forma direta nas páginas de blogs.
A venda só deve ocorrer somente depois que o lead recebeu uma enxurrada de conteúdo.
Considero a visão válida, e acredito que funciona muito bem no mercado B2B.
No entanto, quando falamos de mercado B2C, ou seja, de empresa para cliente, o texto para web pode servir como “fim” para as vendas.
Isso, claro, se for feito com ética e honestidade.
Já produzi diversos textos que falavam diretamente de um produto.
Para esses, utilizo uma técnica conhecida como “50X50″, onde metade do conteúdo é direcionada a educação e conscientização do cliente, e a outra metade sobre um produto específico.
4 – Considere a usabilidade
Comparado com outros profissionais, o redator ainda pensa pouco em usabilidade.
A usabilidade é responsável por deixar um site amigável aos olhos de qualquer pessoa e deixá-lo fácil de entender.
Ambos itens são essenciais para o sucesso na hora de como escrever bem para a internet.
O leitor de blog costuma ler da esquerda para a direita, e de cima para baixo, dando especial atenção para o primeiro parágrafo, seguindo uma busca por mais informação e a leitura de outro parágrafo.
Esse é o padrão geral de leitura de um texto para web, portanto, pratique, se quiser capturar a atenção do visitante nos “pontos certos”.
5 – Divirta-se!
A minha última dica aqui de como escrever bem pode soar estranha, mas é isso mesmo.
Nada impede de você se divertir escrevendo.
Isso, na verdade, se torna fácil quando você ama o que faz.
Quando você não encara a produção de texto para web como um trabalho frio e inflexível, tende a ser mais criativo e a compor com mais liberdade.
Adote esse conselho e perceba como os seus textos irão fluir mais facilmente.
Agora eu tenho um desafio para você!
Usando as aulas deste módulo como base, escreva um artigo para seu blog.
Se você não tiver um blog ainda, nada impede que você execute.
Você pode usar o artigo que escrever na sua conta no Medium ou até mesmo no LinkedIn ou Facebook.
Vá pelo seguinte caminho:
1 – Planeje o conteúdo (aprenda isso na aula do 1).
2 – Crie um título poderoso (pode usar o modelo da aula 2 do módulo para se inspirar).
3 – Escreva seu artigo usando o que aprendemos nessa aqui.
É isso!
Até mais!