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56% dos consumidores brasileiros compram motivados por causas sociais

Há alguns anos, antes da era da internet, quando havia menos pessoas tentando influenciar outras, fazia mais sentido “tentar agradar todo mundo”.

Na política, por exemplo, assumir uma posição forte a respeito de qualquer coisa, costumava ser suicídio eleitoral. Por isso tivemos a era do político “isentão”, o qual ninguém sabia ao certo quais eram suas intenções.

Mas hoje, tanto na arena política, quando na arena de mercado, você precisa assumir uma posição. Simplesmente porque há gente demais lutando pela atenção das pessoas.

Torna-se cada vez mais difícil vencer sem fazer opositores. Portanto, para vencer num ambiente competitivo como a internet, você tem que sair e fazer amigos, cavar um nicho específico de mercado (leia sobre segmentação de mercado de mercado), procurar por pessoas que vejam sentido em sua mensagem.

E isso significará, muitas vezes, perder seguidores.

No ambiente de marketing, a “neutralidade” ainda pode funcionar. Mas percebo, a cada dia, que ficar isento e tentar agradar todo mundo pode acabar mantendo a marca no anonimato ou na superfície.

Por este motivo, sou do tipo de comunicador que acredita que assumir uma posição — e não falo apenas de questões sociais — é fundamental para se destacar em qualquer área que tenha pessoas ávidas por informação.

Isso traz riscos, mas é a melhor forma de manter um público fiel e sincero por perto.

Parece insano associar o trabalho com marcas a posicionamento com questões sociais?

Pois fique sabendo que 62% dos brasileiros (57% globalmente) consomem ou boicotam marcas com base em como elas se posicionam em relação a uma questão relevante a eles.

Essa é uma informação divulgada por Edelman Earned Brand 2017, estudo global que mede a relação entre pessoas e marcas.

A pesquisa também mostra que 32% dos consumidores do Brasil (30% globalmente) estão consumindo ou boicotando marcas mais do que há três anos (2014).

O estudo foi realizado em 14 países com 14 mil pessoas e revela que as pessoas acreditam que as marcas podem fazer mais do que os governos para solucionar problemas sociais (61% no Brasil).

Quer mais?

No Brasil, 56% dos consumidores compram motivados por causas sociais; 33% são classificados como líderes (têm convicções fortes e apaixonadas) e 23% são seguidores (dependendo do assunto e da marca, mudam seu comportamento de compra).

O estudo também indica que, entre estes que compram por convicção no Brasil, 72% consumiu uma marca pela primeira vez devido a seu posicionamento em relação a uma questão controversa.

Enquanto 67% não irão consumir uma marca se ela se omitir sobre uma questão que, na opinião, tenha a obrigação de abordar.

Quando uma marca se posiciona e os consumidores concordam com ela, eles a recompensam:

  • 22% dos brasileiros pagarão até 25% a mais por um produto ou serviço;
  • 53% recomendarão e defenderão a marca, além de criticar seus concorrentes;
  • 56% serão leais, comprando a marca exclusivamente e frequentemente.

Essas informações indicam oportunidades para as empresas estreitarem o relacionamento com seus públicos. Mas, para acertar em cheio, é preciso estar com os valores alinhados e conhecer bem o público que se deseja atrair e conquistar.

Cada vez mais, as pessoas buscam valores e ideais em comum com as marcas para que, a partir dessa sinergia, possam construir uma relação de confiança que vai muito além de produtos ou serviços.

Nesse contexto, encontrar sua vocação, ter atitudes consistentes e engajar o público para agir junto, são três recomendações que o estudo citado traz para que as marcas ganhem relevância e conquistem o direito de participar da vida do consumidor.

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