Havia um costume na Antiga Pérsia que pode nos trazer bons ensinamentos. Em toda guerra, era escolhido um mensageiro militar para levar notícias ao Palácio.
Se a notícia fosse boa, o mensageiro era tratado com festas e com banquetes. Mas se fosse ruim, o destino do portador da mensagem era nada menos que a morte.
Condicionamento e associação.
A natureza da má notícia contagia o anunciador. Existe uma tendência, humana, natural, de não se gostar da pessoa que fala coisas desagradáveis. Ou seja, o simples fato de a pessoa transmitir, mesmo não sendo ela a causadora, faz surgir aversão.
É inevitável para um comunicador transmitir mensagens desagradáveis, já que a verdade nem sempre é positiva. Mas o homem que dedica seu ofício a somente falar de coisas negativas, não será bem visto.
Me parece ser a vocação do crítico, em diversos âmbitos da vida, falar somente do que é ruim. Isso pode ser explicado a partir de inúmeros fatores, mas uma coisa é certa: é uma questão de escolha. Você é quem escolhe sobre o que vai dizer.
É bom escolher a parte boa.
Não se trata de uma forçação ao discurso positivo, nem de uma tentativa frustrada de fechar os olhos para o que é ruim. É sobre desenvolver o senso de análise sobre o que realmente vale à pena discursar.
Você pode manter o senso crítico, e mesmo assim não ser um mero apontador de erros. Isso se estiver vivendo o que promove.
Lembre-se: foco no problema gera vitimização; foco na solução gera transformação. Enxergar os problemas é um dever, mas somente apontá-los é inútil. Quem vive para criar soluções, poderá falar, com entusiasmo e verdade, sobre o faz.
Então…
Você pode ser apenas um crítico inconformado ou um agente transformador. Um carregador de más notícias, ou o mensageiro das boas novas.
No primeiro caso, a mensagem, mesmo real, será pouco construtiva. No segundo, havendo verdade, as pessoas se levantarão da cadeira e desejarão viver o que está sendo promovido.
Criticas construtivas só podem ser feitas por construtores! Não há nada mais medíocre e inútil do que ser só um “Crítico”. – Felipe Vilela, missionário.