Assim que surgiu a pandemia de Coronavírus, alguns seguidores me perguntaram no Instagram o que será do futuro de alguns negócios.
A resposta foi essa…
“Simples: a humanidade desenvolverá novas formas de hábito e de consumo. Alguns negócios vão quebrar, outros vão surgir ou se adaptar, e seguiremos em frente.”
Se olharmos para a história, veremos que todas as crises, até as mais devastadoras, trouxeram consigo novas oportunidades.
Os hábitos de higiene, de certa forma, melhoraram após a peste negra, na Idade Média.
Vacinas e medicamentos evoluíram após as mais duras e sangrentas epidemias.
Soluções para o dia a dia foram criadas a partir de limitações e escassez de recursos.
Num exemplo mais específico, depois da pandemia de gripe espanhola, a sociedade se tornou mais permissiva, mais aberta e mais voltada à busca de prazer.
Consequentemente, isso trouxe muitas oportunidades de negócios.
A louca década de 1920, bem retratada nos romances de Scott Fitzgerald, muito provavelmente não teria acontecido se aquela pandemia não tivesse ocorrido.
Após a Segunda Guerra Mundial, os países aliados começaram a promover diálogos sobre a situação política e econômica internacional.
Surge então uma expressiva expansão econômica, o agigantamento do capitalismo e a concorrência empreendedora.
Logo, ideias de atração e relacionamento com o consumidor começaram a ser apresentadas, e o que conhecemos como marketing hoje, começou a se desenvolver.
Isso tudo mostra que as crises ampliam a urgência de viver, o que significa, em essência, necessidade de resolver problemas e desejo de obter prazer.
Assim foi, assim é, e assim será até o fim dos tempos.
O texto abaixo reforça tudo isso:
“Comércio reabre na França e clientes lotam Zara. O mundo não ia mudar?”
O título é de um post da Nina Lemos no UOL, que ficou perplexa com a atitude dos consumidores ao ‘arriscarem suas vidas’ para ir às compras.
Nas palavras dela: “o ser humano, esse ser não evoluído, está disposto a arriscar a vida para comprar uma roupa ou um acessório de que não precisa.” Meus caros, não sejam ingênuos: o ser humano não muda.
Eu tenho afirmado isso há anos e ensino aos meus alunos a pensar sempre no comportamento do consumidor.
Não sei quem criou esse termo “novo normal”, mas certamente essa pessoa não entende nada de gente.
Sob risco extremo o ser humano entra em modo de sobrevivência e faz o que é preciso para sobreviver à ameaça iminente, mas uma vez que o risco é considerado extinto, o cérebro retorna à normalidade e aos comportamentos que trazem conforto e estabilidade.
A sociedade moderna é capitalista, comprar é um hábito que gera prazer e ativa o mecanismo de recompensa do cérebro.
De forma geral, a dopamina vai gerar felicidade, bem-estar e motivação, além de poder aumentar a ansiedade, gerando a necessidade de comprar ainda mais para saciar o cérebro, que fica viciado nessa sensação de recompensa.
As pessoas amam comprar.
Não se iludam. Quando a crise Coronavírus passar, os Shoppings lotarão novamente, as faturas do cartão de crédito vão estourar e as pessoas vão consumir loucamente.
Se isso não acontecer, eu mudo de ramo e viro Coach Quântico!
Rafael Rez – Empreendedor, Consultor e Professor de Marketing, autor do best-seller “Marketing de Conteúdo: A Moeda do século XXI.”
Que bela chance de vender bons produtos nós temos!
Que bela chance de gerar capital e trazer abundância!
E que ótima oportunidade de fazer girar a roda do progresso!
O mundo material continuará sendo lucrativo.
Essa discussão tomaria outro rumo se eu tivesse escrevendo um ensaio filosófico e falando de salvação da alma.
No entanto, como escritor da área de marketing, só me resta afirmar:
As pessoas compram… e isso é ótimo.
Respostas de 2
Muito bom mesmo esse texto Paulo Maccedo, e melhor ainda a parte do Rafael Rez virar coach quântico, séria muito bom.
Na verdade no ramo do digital as vendas simplesmente foram triplicadas, então agora ficou mais do que provado que o mundo têm por obrigação estar no digital.
isso aí, meu irmão!