Este ano, um dos livros que li com o meu filho de doze anos foi o clássico A Revolução dos Bichos.
No romance alegórico de George Orwell, somos apresentados ao cavalo Lutador.
Descrito como forte e confiável, Lutador tinha um lema que repetia sempre que estava diante de um problema: “Eu vou trabalhar mais.”
Ele era fiel à sua filosofia, mesmo sob as piores circunstâncias. Até que um dia, exausto e abatido, foi mandado para o matadouro.
Por muito tempo, fui como Lutador. Todas as vezes que eu me via cercado de problemas, me esforçava para trabalhar por mais tempo e com mais intensidade.
Eu seguia o que havia aprendido desde pequeno, crendo piamente que todo esforço seria recompensado.
Até que tive meu primeiro Burnout.
Captei a lição. O trabalho árduo é sim importante, porém, mais esforço não necessariamente gera mais resultado.
Por isso, hoje procuro seguir a filosofia do Essencialismo: “Menos porém melhor.”
Acostumar-se a essa ideia pode ser mais difícil do que parece, principalmente quando em algum momento no passado você foi recompensado por fazer mais, e mais e mais.
No entanto, é inevitável que em determinados momentos, mais esforço acabe provocando uma estagnação em nosso progresso.
E é aqui que o “menos porém melhor” entra em cena.
Você já deve ter ouvido falar no Princípio de Pareto, ou a Regra do 80/20.
Seu criador nos ensinou que 20% do nosso esforço é responsável por 80% do nosso resultado.
Tempos depois, outro sábio expandiu a ideia criando o que ficou conhecido como “Lei das Poucas Coisas Vitais”.
Ele observou que é possível melhorar imensamente a qualidade de algo resolvendo uma fração minúscula de problemas.
Essa filosofia, aliás, causou uma revolução econômica num país inteiro, o Japão.
Portanto, não há argumento racional que consiga derrubar a ideia, e por isso “a disciplinada busca por menos”, divulgada pelo escritor Greg McKeown, continua a conquistar adeptos em todo o mundo, inclusive, eu.
“Menos porém melhor”- experimente isso e seja feliz!
Fique bem.