Alguém, em algum momento, fez o que você faz ou usou partes do que você acha inovador hoje. É uma obrigação sua ter acesso ao que foi feito antes de você e valorizar quem abriu caminho para você andar.

Trazendo para minha área de atuação, poucos especialistas falam sobre copywriting de uma maneira consistente e embasada, tratando do contexto histórico, por exemplo. É sempre o “copy de agora”, como se a arte de escrever para vender tivesse sido inventada ontem por algum guru de internet marketing.

Como eu gosto de pegar as coisas pelas raízes, decidi ir na contramão: mergulhei fundo na história, e no conceito, e descobri que no Século XIX alguns já usavam técnicas de copy para vender produtos e serviços.

Conheci a história de um cara insolente chamado John Emory Powers, que há mais de 100 anos ganhava dinheiro grande como redator (US$ 100 dólares por dia) usando o que hoje chamamos de copy.

Percebi que o copywriting foi ganhando roupagens novas de acordo com a evolução do marketing. Desde quando foi criado, nas primeiras empresas de comunicação nos EUA, passou pelas 3 eras do marketing, a era de ouro da publicidade entre as décadas de 1960 e 1970, se consolidou no marketing direto (gerando toneladas de dólares para empresas) entre 1970 e 1990, e chegou na internet.

Hoje, muito do que usamos de copywriting é uma junção de toda essa evolução, principalmente no que foi consolidado no marketing de resposta direta (uma variação para marketing direto).

Copywriters são chamados de redatores de resposta direta nos EUA. Esses redatores têm um conjunto específico de habilidades baseado em técnicas comprovadas de marketing direto. O objetivo é levar as pessoas a realizar uma ação específica.

Nenhum, eu disse nenhum, guru de copy brasileiro explicou isso de forma clara em algum lugar até hoje. Digo isso sem medo de errar, porque estou há dois anos lendo livros americanos e brasileiros, acessando sites, cruzando dados e informações. O único profissional que conseguiu abrir minha mente, e a ele dou todos os créditos, foi o Gustavo Ferreira (por isso cito os livro dele várias vezes nos meus).

Hoje eu chamo todo o desenvolvimento do copywriting no marketing direto de “A Escola da Resposta Direta” (acabei de subir uma aula sobre isso no curso de copy). Nessa escola, formaram-se Gary Halbert, John Carlton, Jay Abraham, Dan Kennedy e outros. Mestres da publicidade, como Hopkins, Ogilvy, Bernbach, Reeves usaram os mesmos conceitos para compor peças publicitárias que davam retorno imediato.

Quando assumi meu posicionamento como copywriter, decidi que não seria apenas alguém vendendo fórmulas prontas, entregando templates de copy e dando incentivo ao “copie e cole” (como acabou de aparecer em um anúncio a mim aqui). Isso é marmotagem.

Por fim, se você não é capaz de dominar de forma enraizada os conceitos mais básicos do que você trabalha, se não é capaz de olhar para trás e identificar os criadores do que você usa, ficará sempre refém desse tipo de coisa.

Parte do mercado digital é ruim porque está cheio de gente vendendo e comprando coisas que não resistem ao tempo; que servem apenas para tentar preencher o vazio de um negócio sem estrutura.

Isso explica porque os ensinamentos de David Ogilvy continuam valendo hoje, mesmo tendo sido ditos há 40 ou 50 anos; enquanto os conceitos tratados no curso mega-revolucionário de 2015 está desatualizado. Isso explica também porque alguns especialistas se solidificam e outros somem como vapor.

Chega de quebra-galhos, negócio se faz com raízes.

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