607 palavras…
Esse foi o tamanho do texto que David Ogilvy criou para a famosa campanha do carro Rolls-Royce.
Quando ganhou a conta em 1957, Ogilvy produziu 26 títulos diferentes para o anúncio e levou meia dúzia de redatores da agência para passar por cima deles e escolher o melhor, que acabou sendo:
A 60 milhas por hora o barulho mais alto do novo Rolls-Royce vem do relógio elétrico.
Ogilvy contou que passou três semanas pesquisando seu novo cliente antes de iniciar o texto e que sua manchete era uma citação do artigo do editor técnico da “The Motor”, uma revista britânica de automóveis.
O texto seguiu com 13 tópicos geniais de tão simples, apenas usando a fórmula característica + benefício.
No fim, Ogilvy incluiu a chamada para ação:
Se você quiser ter a experiência recompensadora de dirigir um Rolls-Royce ou um Bentley, escreva ou telefone para um dos revendedores listados na página ao lado.
O anúncio elevou status da marca e fez com que o carro fosse visto como um produto altamente desejável.
Como resultado, as vendas em 1958 aumentaram 50% em relação a 1957.
O anúncio funcionou consistentemente no “The New Yorker” e em vários jornais grandes até 1962, quando a Ogilvy parou de trabalhar com a Rolls-Royce.
Isso é copywriting. Da forma mais pura.
Sem nenhum gatilho mental forçado.
É uma composição em que a técnica trabalha para a criatividade — e não o oposto.
Há acerto quanto a falar o que precisa ser dito da melhor maneira.
Conta também o tempo de preparo antes de sentar para escrever.
Essa é a essência do que estou abordando no meu curso de copywriting, que será lançado em breve.