2009, eu trabalhava numa loja que tinha uma livraria em anexo.
Um cliente entrou, me cumprimentou e foi até as prateleiras conferir os lançamentos de livros.
Em 10 minutos de conversa com ele, o fiz comprar nada mais que 6 títulos.
Eu vendi para um vendedor (risos).
Ele abismado com minha capacidade de persuadi-lo, me disse que eu levava jeito para vender, e que deveria investir nisso.
Explicou que comissão era melhor que salário.
Eu acreditei.
Me motivei.
Após a conversa com aquele homem, permaneci na loja por um ano e meio, mas pensava que o dia em que saísse de lá, me tornaria um vendedor profissional.
Gostei da ideia da comissão.
No próximo ano, eu li tudo o que pude sobre o assunto: comprei livros, assisti vídeos, fiz cursos.
Quando fui demitido, estava preparado para atuar como vendedor direto. A primeira experiência foi num jornal de bairro. Em três meses, vendi 70% dos espaços publicitários do periódico.
Detalhe, o jornal não existia ainda, era um projeto. Mesmo assim eu convenci pessoas a anunciarem com a gente.
O projeto não vingou. Então fui recrutado por uma rádio para cuidar da parte comercial. Trabalhei impetuosamente para ser um bom homem de vendas.
Fazia prospecção de bicicleta, pedalando, em média, de 4 a 10 quilômetros por dia. Gerei resultados e isso fez eu me tornar sócio de uma empresa. Fui de atendente a empreendedor em menos de 2 anos.
Nada disso teria acontecido se eu não tivesse atendido aquele homem na livraria.
Foram 10 minutos de conversa que mudaram a minha vida para sempre.
Anos depois, escolhi vender online. Descobri que poderia unir vendas e escrita e criei um negócio em torno disso. Hoje, tudo o que eu faço tem a ver com vender.
Vendo ideias, serviços e produtos. Vendo através das palavras. Vendo livros. As vendas estão em tudo que eu faço.
Todo mundo vende alguma coisa. A quitandeira vende frutas, funcionários vendem suas horas, consultores vendem seu conhecimento… desde o pãozinho que você come de manhã até o filme que você assiste na Netflix antes de dormir. Tudo envolve algum tipo de venda.
Você vende e compra algo todos os dias.
Aliás, se você vive de vender algo, é bom ter ciência que as pessoas estão frequentemente comprando produtos ruins e sendo prejudicadas por maus serviços.
Por isso que, se você tem um produto ou serviço bom, que resolve o problema de alguém, tem o dever moral de vender.
Venda sem medo.
E para quem empreende diretamente, trate de criar um ambiente em sua empresa onde todos se sintam vendedores, mesmo que indiretamente. Se você acha que isso é um grande desafio, espere até que as vendas não aconteçam. O desafio é maior e mais doloroso.
Aqui no escritório eu criei o “Cantinho da Venda”. Nele há uma mesa onde eu sento para prospectar novos clientes e atender pessoas que precisam de uma boa comunicação para seus negócios. Eu vendo para pessoas que querem vender mais. E assim a roda vai girando. Seguimos vendendo.
Então…
O que você vende? Por que você vende? Para quem você vende? Como você vende? Quanto você vende?
PS.: O que aconteceu após aquele dia na livraria, eu conto no livro “Eu, Vendedor”, que pode ser adquirido pela Amazon, aqui!