Há algum tempo alguém me falou sobre David Ogilvy.
O nome, que até então era desconhecido para mim, viria a me despertar algo incrível nos próximos meses.
De início, achei interessante a forma como algumas pessoas falavam dele, com carinho, admiração, inspiração.
Isso me fez encarar a necessidade de saber mais sobre a figura icônica, que agora parecia me perseguir.
A cada pesquisa dedicada na internet, acabava lendo novos comentários sobre sua forma magistral de escrever e fazer publicidade.
As informações sobre ele me abriram a visão sobre o que ele representa para o marketing e para os negócios.
“Por que a Revista Time o chamou David de O Mago mais Procurado da Indústria de Publicidade?” – Indaguei.
Como um garimpeiro, cavando em busca de mais do ouro, acabei encontrando um tesouro inestimável na forma de pensar de David Ogilvy.
Li uma parte dos artigos americanos e nacionais dedicados a ele, tomei nota de dezenas de citações, absorvi dicas maravilhosas sobre escrita e pensamentos estratégicos e, quando estava totalmente atraído por sua mensagem, conheci o livro:
“Confissões de um Publicitário”.
Acessei a Amazon para verificar a disponibilidade, fiz a encomenda e, quando o livro chegou em minhas mãos, o devorei em pouco mais de uma semana.
Inclui na lista de títulos favoritos, e comecei a usá-lo como uma espécie de manual de consulta.
O que “Confissões de Um Publicitário” tem de tão valioso?
A obra é baseada nos anos que David Ogilvy viveu na Madison Avenue como um desconhecido, na déada de 1960.
Naqueles tempos ele já dirigia uma das melhores agências de propaganda do EUA e era um dos publicitários mais criativos das Américas.
Em Confissões de um Publicitário, ele relata como conseguiu tudo isso, e que conhecimentos e experiências obteve a partir do relacionamento com os clientes.
Ogilvy aborda diferentes assuntos sobre a psicologia do consumidor, revelando pensamentos que o levaram ao status de “estrela da comunicação”.
Muito do que encontrei no livro eu tento aplicar em meu trabalho com o marketing.
Apesar de o cenário que atuo ser um tanto diferente, tenho a oportunidade de elevar ainda mais a qualidade do que escrevo com os ensinamentos universais tratados na obra.
O livro não se limita somente a escrita, abordando diferentes assuntos como, histórias interessantes do setor, encontros com pessoas famosas e autoajuda (no melhor sentido do termo).
Mas o que mais me marcou foi sua forma única de ensinar criatividade. O que pode ser consolidado nos casos de clientes, como GE, Dove, Pepsi, Fedex, Frito-Lay, EUA (Turismo), Dupont, Visa, Mars, Sopas Campbell, Schweppes, Ronald Reagan, entre outros.
Em “Confissões de um Publicitário”, você tem a chance de aprender:
– Como administrar uma agência de publicidade
– Como conquistar clientes
– Como manter clientes
– Como ser um bom cliente
– Como fazer grandes campanhas
– Como escrever anúncios poderosos
– Como ilustrar anúncios e cartazes
– Como fazer bons comerciais de televisão
– Como atingir o topo da carreira (conselho aos jovens)
– A publicidade deveria será abolida?
Citações interessantes no livro:
Tamanho do texto:
Se você está anunciando um produto que tem muitas e diferentes qualidades, escreva um texto longo. Quanto mais você diz, mais você vende.
Qualidade:
Um bom texto não pode ser escrito de má vontade, apenas como forma de ganhar a vida. Você tem que acreditar no produto.
Trabalho duro:
Admiro pessoas que trabalham duro, que enfrentam a batalha. Desteto os passageiros que não trabalham para carregar o próprio peso no barco.
A importância de vender o que se produz:
No mundo moderno dos negócios é inútil ser um pensador criativo e original, a menos que você também saiba vender o que cria.
Parceria entre redator e cliente:
A maioria das campanhas que levaram marcas à fama e à fortuna surgiu da parceria entre um redator talentoso e um cliente inspirador.
Normas:
As normas existem para a obediência dos tolos e a orientação dos sábios.
Ética criativa:
Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que sua família lesse. Você não contaria mentiras para a sua própria esposa. Não conte para a minha.
Recrutamento:
Estou à caça de cavalheiros com cérebro.
“Uma vez vendedor, sempre vendedor”
Para fechar, compartilho uma das coisas que mais me marcou no livro…
Ogilvy abre o livro “Confissões de um Publicitário” com a frase:
“Uma vez vendedor, sempre vendedor”.
Assim como eu, ele foi da área de vendas.
Teve experiência como representante de uma empresa de fogões ainda na Escócia, levando isso para o seu processo de criação.
Usou toda a sua experiência em vendas diretas na área de publicidade.
Ele aconselhava seus homens a escreverem anúncios que vendiam e não que pensassem em ganhar prêmios.
Enfim, “Confissões de um Publicitário” realmente se tornou um dos meus livros de cabeceira.
E por isso não poderia deixar de falar sobre ele aqui.
Se eu fosse você não deixaria de ler, por nada.
Para saber mais sobre a obra, basta acessa este link!
PS.: A única coisa que você vai perguntar após a leitura é: por que eu nunca li esse livro antes?
Respostas de 2
Li esse livro bem no foi último ano da década de 70, no século passado. Eu tinha 19 anos. Jamais o esqueci. Bom saber que foi relançado. O exemplar que li era de biblioteca. Comprando em 3, 2, 1, já!
Legal, Jesus!
Gosto bastante desse livro.
Abração!