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É inteligente quem sabe vender

saber vender

Vender é uma das coisas essenciais que todo mundo deveria aprender na escola, como primeiros socorros, comunicação e economia.

Pense em como seria se todos tivessem noção de vendas e negociação…

Não estou falando de todo mundo ser especialista em vendas — afinal, há diversidade — falo de entender como o processo de compra e venda funciona.

Isso seria benéfico não apenas para quem tem vocação para empreender ou viver de negócios, mas para qualquer profissional.

Um engenheiro com alguma experiência em vendas, por exemplo, saberia “vender melhor seu peixe” para uma empresa multinacional que pode contratá-lo.

Um músico “não morreria de fome” e teria mais recursos para fazer sua arte chegar às pessoas, descobriria maneiras de obter ganhos justos com sua arte.

Um professor saberia como vender melhor suas ideias aos alunos; um intelectual teria noção de como fazer seus ensaios serem comprados; um ativista saberia como arrecadar fundos sem depender do sistema estatal burocrático.

Desfrutaríamos de taxas menores de desemprego, já que muita gente saberia buscar meios de se fazer chegar a um contratante.

Nos meus estudos sobre marketing e vendas, percebo o quanto a sociedade latina ainda tem bloqueio com vendas. Aqui enxergamos a atividade como um “ingrediente da receita do manjar do diabo”. Quem nunca ouviu frases do tipo: “Sai para lá como esse papo de vendedor”?

Tem muita gente que enxerga a profissão de vendas como algo inferior. “Estou desempregado, vou caçar algo para vender até arranjar um trabalho”.

Por isso tendemos a desvalorizar o vendedor de água que encosta com um isopor no terminal rodoviário, mesmo que esse ganhe mais do que um concursado (há vários casos).

Já conheci camelôs que tiram mais de R$ 10.000 por mês. Me diga se não é um equívoco desmerecê-los?

Isso acontece porque não há incentivo para compreender perfeitamente como o processo de compra e venda funciona — e como isso é importante para a sociedade.

Não é exagero dizer que comércio é o coração de toda civilização que se preze. E compreender como o comércio funciona deveria ser essencial.

Tenho dificuldade de acreditar num mundo idealizado, não gosto de me deixar guiar mais por ideais do que por considerações práticas, não acho que todo mundo poderá ser vendedor. Mas creio piamente que dar mais importância às vendas e ao sentido do comércio ajudaria a equilibrar a sociedade.

Até porque vender tem a ver com proatividade, o que se difere de passividade. Vender exige um comportamento de antecipação e responsabilidade sobre determinadas ações, escolhas e resoluções de desafios.

Um cidadão que aprende a vender terá dificuldade em ser passivo — e acabará por descobrir que ele poder ter algo que as pessoas precisam ou desejam. Assim mais capital (e não falo apenas de dinheiro) será gerado.

Todo mundo concorda que a solução para a pobreza é a riqueza (não falo apenas de dinheiro) e, nesse contexto, o comércio brilha como um poderoso agente gerador de riquezas.

É inteligente quem sabe vender.

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