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Rush – 3 lições de marketing incríveis para vender por mais de 4 décadas

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Alguns fãs de rock hoje podem desconhecer o Rush, mas a banda, na estrada desde 1968, já ganhou um número considerável de Juno Awards e foi adicionada ao Canadian Music Hall of Fame e ao Rock and Roll Hall of Fame. O trio é reconhecido pela proeminência com os instrumentos e cada membro já ganhou prêmios importantes em inúmeras publicações especializadas.

Os caras também já registraram 24 certificações de ouro e 14 de platina. Segundo a RIAA, a banda é a terceira colocada nas estatísticas de vendas de álbuns consecutivos de ouro ou platina por uma banda de rock, atrás apenas de The Beatles e The Rolling Stones. Isso só para citar alguns prêmios.

O Rush é formado por “3 velhinhos bregas”: Geddy Lee, o vocalista, dono de uma voz ultrafina parecendo de mulher; Alex Lifeson, o guitarrista, um baixinho loiro que parece tocar no Kalypso; Neil Peart, o baterista, um cara alto, caladão e excêntrico.

A música que os três fazem não é completamente comercial, os arranjos e letras são complexas e algumas faixas são tão longas que preenchem todo o lado de um disco. Então o que os torna especiais? E o que eles podem nos ensinar sobre marketing e negócios? 

#1. Originalidade

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Rush é original.

Diferente das bandas modinhas, os canadenses fazem um som que vai ficar na história. Já influenciaram umas 4 gerações de músicos e hoje ainda deixam qualquer instrumentista virtuoso de cabelo em pé. Algumas canções, até as mais antigas, se tornam um desafio de execução.  

No início, o estilo do power trio era algo mais voltado ao hard rock. Mas com a saída do primeiro baterista e a entrada de Neil,  se reinventaram apostando num som progressivo. Incluíram sintetizadores, instrumentos de percussão e outros elementos que levaram o rock a outra dimensão.

Como já citei aqui no blog, considero a originalidade um elemento fundamental para o sucesso com o marketing:

Importante lembrar que conforme o tempo passa, recordamos apenas de quem fez um trabalho de qualidade, em essência, e em forma. Quem faz história são os verdadeiros líderes, os que ‘criam o mar’, que ‘ditam as regras’, que formam opinião. Estes serão lembrados e continuarão conquistado pessoas, espalhando ideias, promovendo suas mensagens e vendendo seus produtos por longos tempos.

#2. Conteúdo

O Rush tem conteúdo.

As letras, quase todas do baterista de Neil Peart, são conceituais, com muita influência de fantasia e ficção científica. Algumas são notoriamente influenciadas pela poesia clássica, literatura fantástica e pelos escritos da novelista Ayn Rand (as proeminentes Anthem, de Fly By Night e algumas seções da música 2112 deixam isso explícito).

Não é o tipo de mensagem que você compreende de primeira audição, mas é algo que te faz “pensar por uma vida”. Separei dois trechos de músicas que curto bastante:

1

Em um mundo iluminado apenas pelo fogo
Um trem de labaredas sob estrelas penetrantes
Fico assistindo as linhas de vapor passarem

A caravana troveja adiante
Para o sonho distante da cidade
A caravana me leva adiante
No meu caminho enfim
No meu caminho enfim

Eu não consigo parar de pensar grande
Eu não consigo parar de pensar grande

(Caravan, 2012 – Tradução livre)

2

Viver em um palco iluminado
Aproxima o irreal
Para aqueles que pensam e sentem
Em contato com alguma realidade
Além da gaiola dourada

Protagonista neste papel ilusório
Despreparado para atuar
Com tato insuficiente
É preciso erguer barreiras
Para manter-se intacto

(Limelight, 1981 – Tradução livre)

#3. ‘Não tem fórmula’

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Ninguém copia o Rush.

O erro de muitos empreendedores e profissionais de marketing é acreditar que existe fórmula mágica para o sucesso. Frameworks e templates são bons até um certo nível. Você até pode usar modelos prontos para se inspirar ou compreender determinados métodos, mas é preciso formar a própria identidade.

Analisando a trajetória do Rush, não consigo tirar uma fórmula pronta. Reparei que existem pouquíssimos covers da banda espalhados pelo mundo, simplesmente porque é impossível imitar o som. Com base nisso, digo: Torne sua marca, produto ou serviço únicos, de uma forma que ninguém consiga imitar. Crie seu modo de fazer as coisas.

Sugiro ler mais sobre USP, a sigla por trás de “Unique Selling Proposition”, que em tradução quer dizer “Proposta Única de Vendas”. O conceito ensina oferecer aos clientes algo que a concorrência simplesmente não oferece ou não é capaz de oferecer. A ideia foi desenvolvida pelo norte-americano Rosser Reeves nos anos 1940. Dê um Google. 

USPs tangíveis são difíceis de ser copiadas, o que as torna únicas.

Vamos fazer um som?

Essas 3 grandes lições cabem perfeitamente no marketing, mas destaco que não devem ficar apenas na teoria. A analogia pode até ser boa, mas meu objetivo aqui não foi apenas te entreter. Claro que eu ficarei feliz se você se tonar um fã da banda, mas só estarei plenamente satisfeito se você levar a mensagem adiante e gerar resultados em seu trabalho.

Por isso te aconselho a “ir fazer um som” agora criando o próximo conteúdo do seu blog, um copywriting para o seu produto ou traçando uma estratégia que vai alavancar seu negócio no palco dos negócios.

O Rush vende. E você também deve.

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Fez o cadastro? Beleza, agora ouça um clássico da banda:

https://www.youtube.com/watch?v=Kur2aU0v5cg

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11 respostas

  1. Paulo, boa noite!
    Todos buscam uma identidade original mas convenhamos, é preciso muito talento e criatividade…se a banda, pessoa ou empresa tiver isso na largada, ja nasce feita… Mas para o restante dos mortais a oportunidade surge quando sabem imitar alguem (tirando o XFactor)… Todos veem e falam: puxa vida! Igualzinho ao Rush, ao Pink Floyd, ao Picasso, ao Michel Jacson…Ai – SE AS ESTRATEGIAS DE DIVULGACAO FOREM BOAS – vem o público e nesse momento é a hora de mostrar personalidade…ai sim, se nao tiver o X Factor vira mais um cover…

    Abco Ariel

    1. Saquei, Ariel!
      Realmente se não houver um diferencial mínimo, aí é só mais uma cópia. Mais uma vez, valeu pela contribuição. Fique a vontade para comentar sempre que desejar. 🙂

  2. Oi Paulo.
    Amei o texto, principalmente pela comparação com o Rush uma banda que demorei para ser fã, principalmente por não entender no começo o conceito, mas depois, após ter convivido com um fã, fui gostando do grupo e virei fã. Som, conteúdo, etc.
    E essa analogia com o marketing ficou bem bacana, pois eu estou vendo nos últimos meses uma proliferação de sites de marketing digital e empreendedorismo digital que parecem as mini-versões dos líderes, pois a grande maioria está com títulos, textos, imagens e templates parecidos, estratégias iguais, etc.
    Aí fico pensando como conseguir não parecer mais uma cópia mal feita e o seu texto veio me dar mais uma luz, pois como a gente vê todo mundo fazendo as “fórmulas” que dão certo, a gente fica até com medo de ser diferente e ninguém gostar, pois as “fórmulas” já comprovam o que dá certo, e por quê seria louca de fazer diferente.
    Obrigada e adorei o novo layout do site.

    Abraços, Fabi.

  3. Olá Paulo. Eu tinha 10 anos quando comprei o primeiro disco que saiu do rush no Brasil: Fly BY Night. Os colegas, que estavam mais pra led e Sabbath me gozaram pra caramba. Ninguém entendia direito. E olhe que este disco é bastante hard. Mas eu entendi o som dos caras de primeira e até escuto, quase que diariamente. Acho que sou fã não é? O seu artigo está muito bom. Mesmo. E tão original como o rush. Parabéns. Escrito.👍

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